
Entre as gravações dos filmes da Saga Crepúsculo, o lindo, o gostoso Robert Pattinson está à procura de outros desafios. Não importa a história, ele gosta mesmo é de personagens intensos.
Agora em Nova York, Rob está falando conosco sobre seu personagem Tyler, do drama Lembranças, um estudante da NYU que tenta lidar com uma perda na família e conquistar a filha do homem responsável por isso, refletindo sua necessidade de crescer e amadurecer. Ele admite que era “um pouco idiota” quando adolescente e que isso fazia com que as pessoas sentissem vontade de socá-lo.
Robert confidencia que conhece muitos jovens problemáticos e que entende isso.
Sua co-star Emilie de Ravin ficou impressionada com ele, dizendo que Rob trouxe todos esses detalhes ao personagem. Ela pensou, “Como você consegue fazer isso?” Uma das coisas que o ator conseguia fazer era ficar realmente frustrado diante das câmeras… mas esse momento foi cortado do filme. Rob diz que estava animado com a ideia de dar um tempo de seu Edward, mas admite que a multidão que o acompanhou por Nova York o deixou louco por algum tempo, mas ele aprendeu a bloquear isso para poder se focar em seu personagem. Quando perguntado se ele fica preocupado com o fato de interpretar jovens desajustados, ele diz que talvez ele apenas seja “desajustado” também.
TeenHollywood: Foi um alívio participar de um filme no qual você nãoprecisava morder ninguém?
Rob Pattinson: Ah, eu mordi algumas pessoas sim (risos). Não, estou brincando. É diferente. Sinto como se algo estivesse faltando. É legal. É meio que um alívio não ter que usar toda aquela maquiagem. Isso foi uma das principais diferenças.
TeenHollywood: O que te atraiu no personagem?
Rob: Eu li o roteiro do Lembranças depois que gravei Crepúsculo, e gostei dele. Eu sempre pensava nisso e a oportunidade apareceu entre o segundo e o terceiro filme da saga, é um espaço de tempo mínimo no qual você pode fazer outra coisa. Eu estava tentando lembrar de todas as coisas que havia lido e esse roteiro foi perfeito.
Não precisei me preparar ou qualquer coisa do tipo. Não era algo que se encaixava no típico filme adolescente. Eu não havia lido um roteiro como esse, e ele me pareceu bem realista, e achei que o personagem era alguém acessivo. Eu sempre vou ter uma ligação com ele e nem sei o porquê (risos).
TeenHollywood: Seu personagem tem problemas com os pais e é uma pessoa atormentada. Você tem problemas iguais aos dele?
Rob: (risos) Na verdade, não. Mas, ao mesmo tempo, eu tive uma ligação muito especial com o elenco que faz a família do Tyler. Eu conheci vários jovens problemáticos e quando você conheça suas famílias, eles vivem dizendo “Eu não sei que há de errado com ele.” Todas as famílias parecem serem legais e parecem apoiá-lo, e isso é algo que não sabem.
Você tem essa energia e não sabe onde depositá-la. Acho que o motivo por ele ter problemas com o pai, e não com a mãe, é que ele sabe que a mãe não suportaria isso. Se, de repente, ele começasse a atacá-la, ela ficaria devastada e o Charles, seu pai, ainda é um lutador, então ele sempre sabe quem está contra ele. Mas, eu não acho que tenho qualquer problema a respeito disso.
TeenHollywood: A relação entre você e sua irmã no filme, interpretadapela Ruby Jerins, parece ser muito natural. Você pode falar como foi trabalhar com ela e sobre essa relação de vocês?
Rob: Sim. Ela foi maravilhosa. Desde o primeiro dia, ela facilitou tudo para mim. Eu me lembro de estar com o Alan, a Emily e a Ruby, estávamos conversando sobre nossos relacionamentos e eu perguntei a ela, “ O que você acha que a Caroline pensaria?” E ela disse “Bem” e começou a falar sobre a história de sua personagem e eu pensei “Ah, Ok. Eu não vou mais te proteger de nada (ele ri).” Mas ela sabe improvisar muito bem, tão bem que as coisas parecem simples. Ela não é uma criança dramática e eu amei isso. Eu sabia que não precisava me preocupar com nada todas as vezes que gravávamos juntos. Eu olhava para ela e era sempre interessante ver o que ela fazia.
TeenHollywood: Você interpreta um aluno da NYU, o apartamento e as demais locações parecem muito reais. De que forma isso ajudou na sua atuação?
Rob: Sempre senti isso, se você é um típico aluno da NYU que mora em um apartamento então (nossa!). Ele mora no East Village, que é um lugar muito bom, apenas um pouco bagunçado. Eu sempre pensei nisso. Parece um apartamento meio caro. Mas ajudou. Antes de eu ir a Nova York, eu pensei que seria fácil e que eu sairia por aí, aprenderia os maneirismos de Nova York, mas no final, a situação acabou virando um circo. (risos) Mas, sim, isso definitivamente ajudou.
Especialmente na parte de filmar na NYU. Eu conhecia algumas pessoas que foram para lá e foi tão fácil, e acho que o roteiro me ajudou porque você sempre assisti a filmes com faculdade e sempre pensa que algo assim não é real. Mas talvez seja. Não tenho ideia (risos).
TeenHollywood: Foi difícil para você entrar no personagem com toda a loucura dos fãs à sua volta durante as filmagens?
Rob: Meio que sim. No começo foi. Então um tempo depois, eu tive uma epifania sobre isso. Eu não sei como aconteceu, mas acabei aprendendo a bloquear algumas coisas. No começo eu estava ficando louco, especialmente quando eu tinha que fazer um personagem que deveria estar à procura de algo certo para sua vida, e você não pode olhar para a câmera, não pode sorrir ou ficar diferente porque normalmente você tem que se disciplinar sobre isso.
TeenHollywood: Você acha que as pessoas dirão que você é parecido com o ícone James Dean?
Rob: Eu não acho que isso seja algo ruim. Você acha? Quero dizer, isso seria ótimo. Não sei se eles pensarão isso, mas acho que o James Dean foi uma das pessoas mais influentes para os jovens, especialmente para os atores dos últimos 50 anos, não tenho vergonha de dizer “Sim, eu fui muito influenciado por ele.”
TeenHollywood: Esse personagem tem algumas características parecidas com as do Edward Cullen. Você fica preocupado com os fatos das pessoas te estereotiparem?
Rob: Talvez eu já esteja estereotipado. Estou pensando nisso. Não, não estou não. Você apenas segue alguns pequenos passos. Estou sempre em alerta sobre como as pessoas verão aquilo que faço. Se eu fizer algo no qual interprete uma mulher de 200kg, as pessoas serão mais duras em seus julgamentos comigo do que com as outras pessoas que fazem esses tipos de personagens há vinte anos. Não é algo calculado, mas todos os projetos com os quais estou envolvido parecem coisa pouca. Estou filmando Bel Ami no momento, e ele é completamente diferente em várias maneiras, bem intenso. É isso o que gosto neles.
TeenHollywood: As pessoas julgam seu trabalho de uma maneira diferente depois dos filmes de Crepúsculo?
Rob: Sim, acho que sim. Eles os veem de forma diferente, mas não há o que fazer sobre isso. Eu levo isso em consideração mais do que levava antigamente. Quando eu estava gravando Little Ashes, eu pensei que ninguém chegaria a assisti-lo. É diferente fazer um filme quando você pensa que ninguém irá assistir a ele, você não fica com medo de experimentar coisas novas.
TeenHollywood: Você sente que pode trazer tudo isso ao seu personagem em Lembranças?
Rob: Não sei. Não sei qual é o meu “tudo”. Eu sempre sinto uma ligação com o personagem desde que leio o roteiro.
TeenHollywood: Não é mesmo? Estamos lidando com certa violência neste filme. Há algo sobre o seu passado nele?
Rob: Não. É mais sobre as reações que acontecem (depois dessa violência casual). O jeito que eles lidam com isso. Pouco foi cortado dele, mas eu lembro que depois da primeira briga com o personagem do Chris Cooper, a mãe do Tyler diz a ele‘você precisa processar a polícia’ e eu fiquei tipo ‘por quê?’ Ele não se importa.‘Bem, ao menos, um pedido de desculpa’, e eu tipo ‘Eu não acho que posso processar a polícia por causa de uma desculpa’.
Foi um tipo de atitude pacificadora dele, até mesmo que tenha sido ele quem saiu ferido. Eu sempre penso nisso. Olhar para trás e sustentar um rancor, isso é algo que não faço. O jeito que sua violência é mostrada é algo não muito lógico. Não é realmente contra alvos legítimos. Eu meio que penso nisso. Quando você perde a cabeça de raiva, é quase inevitável que você perca o foco e erre o alvo, causando mais problemas. Então, é melhor deixar isso pra lá, sempre.
TeenHollywood: Ele sente muita raiva de seu pai, interpretado pelo Pierce Brosnan. Como foi gravar com ele? E a sua relação com seu pai se parece um pouco com a de seu personagem?
Rob: (risos) Acho que a minha relação com o meu pai é totalmente o contrário. Com o Pierce, seu papel foi escrito como um controlador. Ele é extremamente controlador no roteiro. E o Pierce é um cara muito legal, e quando ele leu sobre seu personagem foi tipo ‘ele não é um homem ruim. Ele não é um monstro’ e isso mudou completamente a relação do Tyler com ele. Você está olhando para um cara, e o público ao vê-lo, irá pensar que ‘ele está bem’, algo que é bem interessante.
Ele está se rebelando contra nada. Você apenas está atacando porque sabe que ele pode ser atacado, e ele vai se manter firme depois disso, mas o Pierce foi ótimo. Eu não tinha ideia de quem eles iriam escalar para o elenco e quando me disseram que era ele, eu falei, ‘ele é um ator difícil de seguir’. Mas ele meio que foi perfeito para o papel.
TeenHollywood: Você gostou das cenas das lutas; de por a mão na massa ao invés de ficar só falando?
Rob: Sim. Adorei. É completamente diferente. Eu nunca fiz coisas assim na realidade, foi algo purificador.
TeenHollywood: Foi assustador trabalhar com o Chris Cooper no papel do pai da personagem da Emilie?
Rob: Sim. Eu não sei o que eu sentiria se tivesse que brigar assim na vida real. Eu apanhei continuamente dele (risos). Mas, sim, foi um pouco assustador. Foi duro ser estrangulado. É muito difícil fingir algo assim porque ele estava fazendo a coisa toda muito bem, e você está apenas sendo estrangulado, nada acontece. Você só fica parado lá. Eu me preparei antes de filmarmos. Eu não sei qual é a cara de alguém que está sendo estrangulado.
TeenHollywood: Você já participou de uma briga antes?
Rob: Bem, já apanhei algumas vezes. Eu era meio idiota quando mais novo. Sempre me provocavam. Foi logo depois que comecei a atuar, eu gostava de me comportar com um ator e isso fazia com que as pessoas quisessem me bater.
TeenHollywood: Você se machucou em alguma cena em particular?
Rob: Ah não, não mesmo. A única coisa que me machucou foi algo que eles cortaram do filme quando eu meio que saio perdendo em uma luta. Você entra nesse grande confronto e acaba completamente destruído pelo seu oponente. Eu fique p* da vida por eles terem tirado isso do filme. Fiquei chateado durante o resto das gravações. Foi a coisa mais estúpida que já fiz (risos).
TeenHollywood: É bem intensa aquela cena de quando você enlouquece na sala de aula. A menina fica assustada.
Rob: Foi um das cenas que eles tiveram que cortar algumas partes porque parecia que eu não seria preso não por vandalismo, mas por abusar de uma criança porque eu empurro a mesa, ela cai no chão e a menina sai correndo da sala (risos) e eu continuava com a cena e eu estava tipo ‘Ai Meu Deus, eu realmente serei preso por isso’. Foi muito legal. Ela ficou muito assustada depois, isso foi divertido.
TeenHollywood: Você teve algum problema com o sotaque do Bronx?
Rob: Eu cresci assistindo a filmes americanos. Aprendi a atuar por assistir aos filmes americanos, talvez mais do que os filmes ingleses, eu me sinto mais confortável com o sotaque americano. É mais real para mim de várias maneiras.
TeenHollywood: Nos filmes de Crepúsculo você trabalha com vários atores mais novos. Tirando a Emilie, os outros atores do filme eram mais velhos. Foi diferente trabalhar com eles?
Rob: Sim. De várias maneiras, é diferente porque quando você trabalha com atores mais novos é como se vocês estivessem viajando juntos. Tudo é novo para vocês. Quando está trabalhando com pessoas mais experientes, eles têm uma visão mais clara sobre o que querem ou sobre com o que irão contribuir ao filme, o que é muito bom de várias maneiras. Mas, ao mesmo tempo, eles estão à vontade com tudo. O Chris e eu estávamos reescrevendo a cena de quando brigamos durante um intervalo. Eu nunca havia trabalhado com alguém que realmente sabia o que queria fazer. Trabalhar com jovens atores e atores mais experientes é bom.
Fonte: Twilighters
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